Em junho deste ano, o WhatsApp anunciou o lançamento do WhatsApp Pay, um novo recurso do aplicativo de mensagens que possibilitaria a transferência de valores sem taxas e de forma bastante prática entre os usuários. Inicialmente, a novidade estaria disponível apenas para brasileiros, entretanto, as autoridades competentes vetaram o serviço, por considerarem a proposta grande demais para ser aprovada de imediato.
Poucos meses depois do veto, o Banco Central permitiu que a nova função fosse testada, mas proibiu a execução de operações reais durante essa fase de testes. Agora, o presidente da entidade, Roberto Campos Neto, informou que o recurso será por fim aprovado, embora não tenha informado uma data limite.
Segundo ele, a preocupação inicial era em relação à proteção dos dados dos usuários e se isso iria promover uma competição saudável entre os atuais players desse segmento.
Por enquanto, a função segue em fase de testes e, se aprovada, ficará disponível para todos que possuem cartões com as bandeiras Visa ou Mastercard vinculados ao Banco Nubank, Sicredi e Banco do Brasil.
Assim como o Pix, isso representa um grande avanço nos meios de pagamento, especialmente para quem usa o WhatsApp como uma ferramenta de trabalho.
Mas como esse recurso irá funcionar na prática? Quais são os benefícios envolvidos? E, talvez o mais importante, como fica a questão da segurança? Neste artigo, nós respondemos algumas das principais dúvidas sobre o assunto!
O WhatsApp Pay nada mais é que uma forma de enviar e receber dinheiro utilizando o aplicativo de mensagens.
Tanto contas comuns quanto as do WhatsApp Business poderão usar a função, desde que os usuários possuam cartões vinculados ao Banco Nubank, Sicredi e Banco do Brasil, como falamos anteriormente. Embora essa questão seja limitada inicialmente, a empresa já deixou claro que pretende firmar parcerias com mais instituições bancárias e está aberta a negociações.
As transferências para pessoas físicas só poderão ser feitas via cartão de débito, com um limite de R$ 1 mil reais por transação, 20 transações por dia e até R$ 5 mil por mês.
Para pessoas jurídicas, não haverá limites de valores e quantidade de transações, além de haver a possibilidade de usar o cartão de crédito.
Outro ponto importante é que só serão aceitas transações em reais e dentro do território nacional, já que, em um primeiro momento, o recurso estará disponível apenas no Brasil.
Os pagamentos serão feitos pelo Facebook Pay e, considerando que a empresa é dona do WhatsApp e também do Instagram, a expectativa é que o serviço seja incorporado nessa última rede social também.
O primeiro passo é habilitar a função cadastrando seu cartão no Facebook Pay. Quando surgir a necessidade de realizar uma transferência pelo WhatsApp, a opção de “pagamento” aparecerá no menu de envio de imagens.
Na primeira transação, será necessário criar uma conta, com uma senha de 6 dígitos, seu CPF e o número do cartão. A cada transferência, esse PIN (ou a biometria, no caso dos dispositivos que possuem essa função) será solicitado, para assegurar a segurança.
Vale lembrar que não é permitido qualquer cartão, é preciso que ele seja de uma das bandeiras aceitas e tenha vínculo com uma das instituições parceiras.
Como uma medida de proteção extra, também será feita uma verificação com o banco do usuário, por meio do envio de um SMS com um código de segurança.
Os pagamentos realizados no app serão isentos de taxas, mas quem recebe o dinheiro deverá pagar uma tarifa fixa de 3,99% por cada compra.
Vivemos na era da conveniência e ter mais uma forma de pagamento disponível é sempre uma vantagem. Considerando que o WhatsApp é o aplicativo de mensagens mais popular do Brasil e que existem muitos empreendedores que usam a ferramenta para conversar com clientes, enviar promoções e novidades e realizar vendas, é evidente que a novidade irá trazer muitos benefícios para ambos os lados.
Para o cliente, a experiência de compra se torna muito mais agradável e fluida, sem que seja necessário ir até outro aplicativo para finalizar a transação. Para quem vende, o WhatsApp acaba se tornando um canal de vendas de fato eficiente, fazendo com que a empresa tenha mais uma forma de obter lucro e conquistar novos públicos.
Seria impossível falar desse tema sem citar os riscos de segurança e privacidade. Por se tratar de uma função nova, os procedimentos de segurança não estão tão bem desenvolvidos quanto deveriam.
A começar pelo fato de que o Facebook Pay não é totalmente criptografado, já que os bancos precisam saber sobre as informações das transações.
Depois, também há a preocupação relacionada a golpes. Quem não conhece o famoso esquema em que o celular da vítima é hackeado e o criminoso envia mensagens para amigos e familiares solicitando depósitos? Com essa nova função, esse tipo de crime seria ainda mais facilitado.
Para amenizar a preocupação das pessoas, o WhatsApp informou que possui um sistema de armazenamento de dados e criptografia que consegue capturar os números do cartões e manter essas informações em uma rede separada. A empresa ainda reforçou que os próprios usuários receberão um código de confirmação e verificação, além de um PIN, o que colocaria uma camada de segurança extra.
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Até o recurso ser finalmente aprovado, vale a pena ficar de olho nas notícias para saber sobre o andamento das negociações e novas funções que poderão ser integradas conforme a fase de testes avança.
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